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AABB = Zica
Posted by Fred Pinto
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20:36
AABB. Ah! Como esse clube me traz recordações, nenhuma boa, mas como diria o poeta: Recordar é viver!
Vou me ater à somente uma recordação dessa vez, uma porém memorável (Pootz! Essa foi tensa. Claro que é memorável por isso se chama recordação. FAIL)
Ia rolar um show na AABB, não lembro quem ia tocar, mas lembro que o show era open bar então combinei com o Menezes de ir pra lá, contrariando todo o nosso passado de zica que nos mandava e ainda manda nos afastarmos de lá.
Chegou o dia do show. Compramos uma vodka e alguns energéticos para fazermos o movimento porta - ficar na frente do evento avaliando o cenário - e combinamos de encontrar outros amigos lá. Fomos no carro do Menezes e chegando lá encontramos com o Bruno (Magavilha) e o Nem que estava de carro.
Decidimos entrar e parecia que todos tinham tomado a mesma decisão e foi um tumulto terrível na entrada, tudo indicava que teríamos mais uma noite zicada na AABB.
Estávamos dentro e o show principal ainda não tinha começado, fomos até o bar para pegar uma bebida e ficamos surpresos com tamanha organização (NOT) e enquanto enfrentávamos a muvuca pra pegar uma bebida, o Menezes sentiu uma mão por dentro do seu bolso, pra infelicidade dele não era nenhuma mina assanhada, tratava-se de um espertinho que levou o celular dele embora.
A única coisa que ele podia fazer agora era ligar pra operadora e bloquear a sua conta, para isso ele pegou o meu celular emprestado e foi para um local aberto e longe do barulho para fazer a ligação, combinamos de esperá-lo em frente ao bar e lá ficamos por pouco mais de uma hora até que o Magavilha se prontificou à procurá-lo. Mais um tempo se passou e o Nem recebe um telefonema, fala algumas palavras e desliga, ele me avisa que era o Menezes, que estava com o Magavilha e iriam na delegacia registrar uma ocorrência.
Continuamos curtindo o show por mais algumas horas até que o Nem cansou e me informou que estava indo embora, ele ainda me PERGUNTOU ( é pra destacar mesmo) se eu queria ir embora com ele; eu tinha acabado de conhecer o cara então é claro que eu não ia embora com ele, ia esperar o Menezes voltar, até porque eu tinha que pegar o meu celular.
Fiquei sozinho no show então parei de beber para prestar atenção no que acontecia ao meu redor, fiquei mais um tempo curtindo e quando deu 4h da matina eu desisti de esperar. Saí do clube e fui em direção ao estacionamento e nada de encontrar o Menezes. Abri minha carteira para ver quanto dinheiro eu tinha para pegar um táxi até minha casa, mas foi em vão, eu não tinha nada. Me aproximei do orelhão para ligar em casa, pedindo um resgate, só que nessa época o telefone da minha casa tinha mudado e eu não lembrava de cabeça. O único número que eu tinha decorado era o meu celular - pré-pago pai de santo: só recebe e não pode ser à cobrar - e o de um outro amigo meu, o Guizzo. Liguei no celular dele 2 vezes sem sucesso.
Lembrei que minha irmã estava em outro clube ali perto e decidi caminhar até lá para conseguir uma carona de volta pra casa, encontrei o carro dela e me certifiquei que ela ainda estava na festa; conversei com o segurança e expliquei minha situação, mas ele não se comoveu e não pude entrar para procurar minha irmã nem tampouco ele se propôs a anuciá-la ou procurá-la. Fiquei do lado de fora aguardando pro praticamente uma hora e resolvi caminhar e tentar uma carona.
Resolvi andar na beira da pista pois seria mais fácil conseguir uma carona e encontrar orelhões para continuar tentando contato com o Guizzo. Constatei que o Brasiliense é um povo muito solidário, ainda bem que eu não tinha um penacho na cabeça, provavelmente eu seria queimado. Em meios à gritos ininteligíveis e ofensas sem sentido continuei minha caminhada no percurso mostrado na figura:
Exibir mapa ampliado
Todo orelhão que eu encontrava eu ligava para o Guizzo, na esperança de que ele acordasse e pudesse me socorrer, mas todas as ligações não tiveram sucesso. No total caminhei cerca de 15km, fiz 7 ligações para o Guizzo, cheguei em casa às 9h da manhã com a barra da calça completamente destruída.
- Pela hora a farra foi boa hein?
Fui me deitar e só acordei na hora do almoço. Todos já sabiam a hora que eu tinha chegado e estavam esperando eu acordar para lhes contar a aventura. Minha irmã já tinha contado a história dela, e contou que o carro havia sido arrombado e que ela tinha ficado muito puta, mas quando eu levantei todos quiseram me ouvir. Contei a história com um pouco mais de riqueza de detalhes que este conto e ao falar que estava andando pelo eixo monumental, minha irmã ri e faz uma cara de espanto, surpreendendo todos à mesa. Ela diz:
- Fredinho! Tadinho de você! Eu tinha saído do ARENA (clube próximo à AABB, onde ela estava) e vi o carro arrombado então fiquei revoltada, então no caminha pra casa, por volta de 6h da manhã, vi um rapaz andando na calçada, se arrastando praticamente, fiquei com pena dele e pensei em dar uma carona, mas desisti pois poderia ser perigoso.
Exato! Isso mesmo que vocês pensaram! O rapaz que minha irmã viu era EU, me arrastando de cansaço e embriaguez, e ela por ser míope não conseguiu me reconhecer e me deixou no caminho.
Logo em seguida ao almoço recebo uma ligação do Guizzo, querendo saber como tinha sido o show. Conto pra ele o que houve e depois de gargalhar muito ele conclui que as ligações no celular dele durante a madrugada eram minhas. Ele ainda diz que até achou estranho vários números diferentes ligando insistententemente durante a madrugada. Muito engraçado (NOT).
Por fim o telefone que eu tanto aguardava, era o Menezes. Ele me pergunta se o show foi massa e se o Nem tinha acertado o meu endereço de boa. Foi aí que contei pra ele o que houve e ele se surpreende falando:
- Mas Negão, eu falei pro Nem que era pra ele te levar junto, por quê ele foi embora sozinho? (Reparem que ele falou pro Nem que era pra eu ir embora com ele, e não pra PERGUNTAR se eu QUERIA ir embora com ele).
E esse foi o último show que frequentei na AABB, desde então não vou à shows, festas ou qualquer coisa parecida nesse clube. A zica me persegue, então prefiro não arriscar.
PS.: O Menezes voltou ao show pra me procurar, mas não encontrou e portanto concluiu que o Nem tinha acatado a sugestão dele de me deixar em casa.
Vou me ater à somente uma recordação dessa vez, uma porém memorável (Pootz! Essa foi tensa. Claro que é memorável por isso se chama recordação. FAIL)
O Incidente
Ia rolar um show na AABB, não lembro quem ia tocar, mas lembro que o show era open bar então combinei com o Menezes de ir pra lá, contrariando todo o nosso passado de zica que nos mandava e ainda manda nos afastarmos de lá.
Chegou o dia do show. Compramos uma vodka e alguns energéticos para fazermos o movimento porta - ficar na frente do evento avaliando o cenário - e combinamos de encontrar outros amigos lá. Fomos no carro do Menezes e chegando lá encontramos com o Bruno (Magavilha) e o Nem que estava de carro.
Decidimos entrar e parecia que todos tinham tomado a mesma decisão e foi um tumulto terrível na entrada, tudo indicava que teríamos mais uma noite zicada na AABB.
Estávamos dentro e o show principal ainda não tinha começado, fomos até o bar para pegar uma bebida e ficamos surpresos com tamanha organização (NOT) e enquanto enfrentávamos a muvuca pra pegar uma bebida, o Menezes sentiu uma mão por dentro do seu bolso, pra infelicidade dele não era nenhuma mina assanhada, tratava-se de um espertinho que levou o celular dele embora.
A única coisa que ele podia fazer agora era ligar pra operadora e bloquear a sua conta, para isso ele pegou o meu celular emprestado e foi para um local aberto e longe do barulho para fazer a ligação, combinamos de esperá-lo em frente ao bar e lá ficamos por pouco mais de uma hora até que o Magavilha se prontificou à procurá-lo. Mais um tempo se passou e o Nem recebe um telefonema, fala algumas palavras e desliga, ele me avisa que era o Menezes, que estava com o Magavilha e iriam na delegacia registrar uma ocorrência.
A Espera
Continuamos curtindo o show por mais algumas horas até que o Nem cansou e me informou que estava indo embora, ele ainda me PERGUNTOU ( é pra destacar mesmo) se eu queria ir embora com ele; eu tinha acabado de conhecer o cara então é claro que eu não ia embora com ele, ia esperar o Menezes voltar, até porque eu tinha que pegar o meu celular.
Fiquei sozinho no show então parei de beber para prestar atenção no que acontecia ao meu redor, fiquei mais um tempo curtindo e quando deu 4h da matina eu desisti de esperar. Saí do clube e fui em direção ao estacionamento e nada de encontrar o Menezes. Abri minha carteira para ver quanto dinheiro eu tinha para pegar um táxi até minha casa, mas foi em vão, eu não tinha nada. Me aproximei do orelhão para ligar em casa, pedindo um resgate, só que nessa época o telefone da minha casa tinha mudado e eu não lembrava de cabeça. O único número que eu tinha decorado era o meu celular - pré-pago pai de santo: só recebe e não pode ser à cobrar - e o de um outro amigo meu, o Guizzo. Liguei no celular dele 2 vezes sem sucesso.
Lembrei que minha irmã estava em outro clube ali perto e decidi caminhar até lá para conseguir uma carona de volta pra casa, encontrei o carro dela e me certifiquei que ela ainda estava na festa; conversei com o segurança e expliquei minha situação, mas ele não se comoveu e não pude entrar para procurar minha irmã nem tampouco ele se propôs a anuciá-la ou procurá-la. Fiquei do lado de fora aguardando pro praticamente uma hora e resolvi caminhar e tentar uma carona.
A Caminhada
Resolvi andar na beira da pista pois seria mais fácil conseguir uma carona e encontrar orelhões para continuar tentando contato com o Guizzo. Constatei que o Brasiliense é um povo muito solidário, ainda bem que eu não tinha um penacho na cabeça, provavelmente eu seria queimado. Em meios à gritos ininteligíveis e ofensas sem sentido continuei minha caminhada no percurso mostrado na figura:
Exibir mapa ampliado
Todo orelhão que eu encontrava eu ligava para o Guizzo, na esperança de que ele acordasse e pudesse me socorrer, mas todas as ligações não tiveram sucesso. No total caminhei cerca de 15km, fiz 7 ligações para o Guizzo, cheguei em casa às 9h da manhã com a barra da calça completamente destruída.
O Dia SeguinteQuando cheguei em casa minha mãe estava acordando, eu estava com cara de poucos amigos mesmo assim ela soltou uma piadinha:
- Pela hora a farra foi boa hein?
Fui me deitar e só acordei na hora do almoço. Todos já sabiam a hora que eu tinha chegado e estavam esperando eu acordar para lhes contar a aventura. Minha irmã já tinha contado a história dela, e contou que o carro havia sido arrombado e que ela tinha ficado muito puta, mas quando eu levantei todos quiseram me ouvir. Contei a história com um pouco mais de riqueza de detalhes que este conto e ao falar que estava andando pelo eixo monumental, minha irmã ri e faz uma cara de espanto, surpreendendo todos à mesa. Ela diz:
- Fredinho! Tadinho de você! Eu tinha saído do ARENA (clube próximo à AABB, onde ela estava) e vi o carro arrombado então fiquei revoltada, então no caminha pra casa, por volta de 6h da manhã, vi um rapaz andando na calçada, se arrastando praticamente, fiquei com pena dele e pensei em dar uma carona, mas desisti pois poderia ser perigoso.
Exato! Isso mesmo que vocês pensaram! O rapaz que minha irmã viu era EU, me arrastando de cansaço e embriaguez, e ela por ser míope não conseguiu me reconhecer e me deixou no caminho.
Logo em seguida ao almoço recebo uma ligação do Guizzo, querendo saber como tinha sido o show. Conto pra ele o que houve e depois de gargalhar muito ele conclui que as ligações no celular dele durante a madrugada eram minhas. Ele ainda diz que até achou estranho vários números diferentes ligando insistententemente durante a madrugada. Muito engraçado (NOT).
Por fim o telefone que eu tanto aguardava, era o Menezes. Ele me pergunta se o show foi massa e se o Nem tinha acertado o meu endereço de boa. Foi aí que contei pra ele o que houve e ele se surpreende falando:
- Mas Negão, eu falei pro Nem que era pra ele te levar junto, por quê ele foi embora sozinho? (Reparem que ele falou pro Nem que era pra eu ir embora com ele, e não pra PERGUNTAR se eu QUERIA ir embora com ele).
E esse foi o último show que frequentei na AABB, desde então não vou à shows, festas ou qualquer coisa parecida nesse clube. A zica me persegue, então prefiro não arriscar.
PS.: O Menezes voltou ao show pra me procurar, mas não encontrou e portanto concluiu que o Nem tinha acatado a sugestão dele de me deixar em casa.